UM PÁSSARO NA JANELA
É sábado, tenho um sol inteiro à janela e uma canção inacabada... Bom dia grande, amigos!
EM SOL ALADO
Newton Baiandeira
Um pardal pousado à janela, que deveras!
Veio tão somente catar comida ou me lembrar de ir ver o sol?
Pronto! Lá vai ele, de asas alegres, papo cheio e missão cumprida!
Esse meu domingo começou em sóis e vôos.
Quiçá, há de terminar em pouso leve e sono sonhador!
ECLÍPSE DO AMOR
Newton Baiandeira
O sol só vê a lua quando a lua está no cio
O céu entra em rodopios
Quando os dois fazem amor
O sol inventa giros pro cortejo da amada
E a lua idolatrada inunda o céu com seus clarões
E rodam pelo céu, orgasmos de paixão
Gemidos sussurrantes, almas presas ao clarão
A terra se aparelha pra alcançar essa visão
Ao ver tamanho afã, discretamente o sol
Puxa a cortina e apaga a luz do seu farol
O eclipse do amor de lua e sol no azul
Somente o cantador enxerga a olho nu
Em breve a lua mansa traz ao céu sua barriga
O sol fazendo figa aumenta a luz do seu farol
Poeira de estrelas são meninas tão brilhantes
São filhas cintilantes do amor de lua e sol
AOS OLHOS DA LUA
Newton Baiandeira
A lua que mira a mira que alua
Faz-se nua à máscara real
Que, não fosse tal, mais veria de lua
Mais dar-se ia a miras e contemplações
Aos olhos da lua o homem de meia lua
DUALIDADE
Newton Baiandeira
Poeta e pessoa
A diferença é coisa à toa
Um enxerga o outro vê
Um escreve o outro lê
Poeta e pessoa
A diferença é coisa à toa
Um caminha o outro voa.
MEDITAÇÃO
Newton Baiandeira
Virá do ato a consequência
Da incência a sabedoria
E, na agonia do entremeio,
A alma fatigada buscará a paz
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