OLÁ, AMIGOS!

Como retribuir ao universo a dádiva da vida, pensava. Agradecendo a Deus todos os dias. Dividindo com o mundo o que de melhor me ocorresse na alma, o que eu mais amasse em mim. E respondia à minha própria busca: Arte, a única coisa que diferencia os homens. Eis então minha oferenda ao mundo, minha contribuição para a humanidade: minha arte. Melodia como veículo de minha poesia e vice-versa, minha arte sou eu, levando a quem quiser ouvir minha forma de compor, escrever e cantar o universo e o acontecer das coisas que vivencio. O que canto ou escrevo é o que há de mais profundo em meu coração. Rogo por agradar a quem me ouvir ou ler. Benvindos e obrigado pela visita! Newton Baiandeira





terça-feira, 8 de março de 2011

DIA DA MULHER, MÊS DE TERNURA, LUZ DE VIDA INTEIRA


MULHERES
Newton Baiandeira

Eu respeito essa mulher
Que produz da fé a decisão
Eu desejo essa mulher
Que transcende a chama da paixão
Entre orgasmos e lençóis
Sem perder o fio da razão
Pelos labirintos do poder
A cidadania de batom
Vai traçando um novo tom
Na cisão cirúrgica do caos
Cúmplice, parceira natural,
Mãe, mulher, amiga, pai, irmã
Brasileira ou afegã
O amor é um laço universal
Brilhará
Sempre quem compreender a luz
Carregarão a cruz do sol
Os homens da paixão fugaz
Que não apostam no amor
Útero, a liberdade efêmera
Se eternizará no amor
Todo futuro é fêmea,
Todo o universo é prazer

JÚLIA
Newton Baiandeira

Júlia, pega uma estrela no céu
Pra iluminar sua estrada, vai
Deixa seu corpo rolar

Júlia, todo o universo é você
No coração de quem fica aqui
Pelo prazer de te ver

Jura que nosso amor será
Sempre, esteja onde estiver
No azul do céu, na terra ou no mar
Mais do que o chão
As ondas, o sol, o luar.

AMÉRICA DO AMOR
Newton Baiandeira

Nada poderá atrapalhar meus planos
Tudo que juntei por todos esses anos
Sonhos por viver na dimensão da vida
Trilhas que paguei viagens proibidas
Nada impedirá meus planos
De romper o tempo, voar

Sou uma mulher americana
Neo-latina além do Equador
Infinita, livre, leve e solta
Ave de alma exposta, meu amor
Nada no mundo se cria
Tudo transforma-se em mim
Loba regada de luas de marfim
Libertas Quae Sera Tamen
Na linha do Equador
Na plenitude da América do amor

JULIETA
Newton Baiandeira

Ó, Julieta!
Em que gaveta desses de se trancar?
Em que lugar se esconde?
Me diz aonde que eu chego já!

Vou lhe beijar o beijo mais fundo
Que o mundo viu beijar
Vou semear seu colo profundo
Pra vida se alastrar

Qual luz de uma estrela
Só quero vê-la a me guiar, guiar
No rumo a passo lento
Sem desavento pra me atentar

Um riacho, um cacho de prazer
Um amanhecer de rouxinóis
Seda nos lençóis
Linda de se ver,
Uma casa branca de sapê

Se você estiver ouvindo esta canção
Se quiser meu coração é só dizer
Que eu vou viver a vida até morrer
Só pra te amar, só pra te amar
Só pra te ama.

NAS TRINCHEIRAS DAS PAIXÕES
Newton Baiandeira

Amava Júlia Ana
Solenemente Ana
Dois amores tão iguais
No abismo das paixões

Dançava Júlia
Ana cantava soberana
Em profanas traduções
Das trincheiras do amor

Duas almas nuas em fulgor
Contornando luas de amor
Quando a luz do sol
Desatava o nó
Julia e Ana se fundiam numa só

Ruborizada Ana
Alucinada Júlia
Duas almas numa só
Revelando o amanhecer

Desviando as plagas, contornando a multidão
Em segredo Ana e Júlia Juliana são

Amedrontada Júlia
Amenizante Ana
Duas almas numa só
Revelando o amanhecer

À luz que irradia
O amor de cada dia
Ana e Júlia vão iguais
Nas trincheiras das paixões

HELENA DE PRIMO
Newton Baiandeira

Essa escultura parece uma helena
Qualquer uma helena que venha do mar
Qualquer estrela que seja morena
Qualquer uma helena
Mulher que será
Que sai do prumo, escapa do limo
Helena de Primo que eu fiz batizar
Que seja fêmea, irmã, mãe e filha
Um pai de família
Que saiba enfrentar
Que tenha no rosto
As marcas de agosto
Que tenha nos ombros
A marca da cruz
Que seja Jesus, Maria e José
Um barco de fé
Que assuma esse mar
Eu fiz helena por falta no entalhe
Não fosse um detalhe
Um sopro vital
Seria só uma estátua no limo
Helena de Primo Fulana de Tal.

MUSA
Newton Baiandeira

Os olhos dela são templos
Deuses e ventos cantam a música
Os seus cabelos são teias
Elos, cadeias de sóis verânicos
Em sua boca as palavras têm
Ritmo, vida
Alma perdida no seu batom
Teço em tons o amor

Ando pra lá de ciúmes
Do seu perfume de aura oceânica
Óleos de brisas botânicas
Meu supersônico
Meu amor

MARIA RITA
Newton Baiandeira

Chego ao pôr-do-sol num caminhão
Corpo ensopado de suor
Ela me espera no portão
Coisa bonita de se ver
Maria Rita, meu amor

Se achega em mim caudalosa
Com cheiro de rosa, flor mais bela
Se enrosca no meu pescoço com tanto alvoroço

Gosto dela!

Serve o jantar como se serve ao céu
Uma oferenda banhada de mel
Comida em farto tempero de amor

Sob os lençóis, mil carinhos de amor
Mal fecho os olhos e o despertador
Avisa a hora e lá vem caminhão

De novo trabalhar
Pra poder sustentar Maria Rita.

Um comentário:

  1. Muito lindo aqui em palavras amanhadas sentimento pela poesia com muita luz e carinho escorrendo a musica em versos sentidos...

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