OLÁ, AMIGOS!

Como retribuir ao universo a dádiva da vida, pensava. Agradecendo a Deus todos os dias. Dividindo com o mundo o que de melhor me ocorresse na alma, o que eu mais amasse em mim. E respondia à minha própria busca: Arte, a única coisa que diferencia os homens. Eis então minha oferenda ao mundo, minha contribuição para a humanidade: minha arte. Melodia como veículo de minha poesia e vice-versa, minha arte sou eu, levando a quem quiser ouvir minha forma de compor, escrever e cantar o universo e o acontecer das coisas que vivencio. O que canto ou escrevo é o que há de mais profundo em meu coração. Rogo por agradar a quem me ouvir ou ler. Benvindos e obrigado pela visita! Newton Baiandeira





segunda-feira, 3 de maio de 2010

O QUE É QUE HÁ COM O BOULEVARD?

Veio a Unifei, eu olhei pro céu e agradeci a Deus. Como valeu a luta! Veio a Concha Acústica, eu emendei a festa e dobrei as preces, a quase joelhos sobre milho.
Já e então, acostumado à evolução do município, eu preparei o maior festão, convidei amigos, desses itabiranos de ferro que cultivam como prazer maior assistir o crescimento da cidade; desses que só querem ver seu chão com mais qualidade de vida e preparado pra receber com gala, nossos filhos e netos.
Qual nada, casa arrumada, mesa posta, fogos ao dispor da chama, e impedem o bulevar?
Que que há, camaradas! Querem estragar meu futuro? Já tinha planejado passeios à tarde com minha neta, resenhas de aposentado, música regada a verde, gente bonita sorrindo pro mundo, e deletam meu espírito assim?
Que é que há, vamos voltar pro Cerca Lourenço de antigamente? Não tá na hora de o indivídual dar vez ao todo itabirano? Ou a cidade de cara suja interessa a alguém.
Lembro-me que a gente vibrava só de trocar lamparina por lâmpada. A gente não tinha teatro, não tinha rádio nem tevê. Agora que tem tudo isso e mais: Concha Acútica, Unifei, Centros Tecnológicos, vamos parar de crescer?
Hoje, mundo globalizado, Internet a mil, gente bonita pra todo lado, vamos ficar valorizando feiúras oportunas?
Pra mim, de feio já basta eu. Itabira merece é continuar se desenvolvendo, ganhando mídias e referências como um lugar melhor de se viver. O tempo de Urubus da João Pinheiro já foi pros aterros sanitários, há muito.
Pombas, pés de pombas! Eu já me via mirando o Bulevar, lá da Concha do Pico do meu Amor. Gente passeando, sorrindo pra tudo e todos. Pensei que a turma do “vamo tirar alguém ou quebrar alguma coisa” já tivesse ido da história. E aí? Os meus convidados, meus netos, quê que eu vou dizer pra eles? Pô, já tinha itabiranos ensaiando biquinhos pra falar bulevar em francês. Cês estragaram a minha festa! Também, nem se colocarem Dom Perignon no bufet eu não vou à sua festa da derrocada, tá bom?


DE AVISO PRÉVIO
Toca pra Paris/
Merci beaucoup nê pa dê qua/
Retirei meu PIS, tô rindo à toa/
Stambul, Lisboa, Bogotá/
Décimo terceiro/
Féria, aviso prévio e tal/
Desempregado, invento sonhos/
Pro futuro, amanhã/
Londres, Berlim/
Varsóvia, Roma, Amsterdã/
Faço um cruzeiro porque sei/
Que na segunda se eu chegar/
Minha família, já pra lá de Bagdá/
Com essa mixaria de indenização/
Vai me levar ao paredão/
No Afeganistão ou no Sudão, sem dó/
Melhor morrer em Cabrobró.

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