OLÁ, AMIGOS!

Como retribuir ao universo a dádiva da vida, pensava. Agradecendo a Deus todos os dias. Dividindo com o mundo o que de melhor me ocorresse na alma, o que eu mais amasse em mim. E respondia à minha própria busca: Arte, a única coisa que diferencia os homens. Eis então minha oferenda ao mundo, minha contribuição para a humanidade: minha arte. Melodia como veículo de minha poesia e vice-versa, minha arte sou eu, levando a quem quiser ouvir minha forma de compor, escrever e cantar o universo e o acontecer das coisas que vivencio. O que canto ou escrevo é o que há de mais profundo em meu coração. Rogo por agradar a quem me ouvir ou ler. Benvindos e obrigado pela visita! Newton Baiandeira





terça-feira, 6 de março de 2012

VERBO AOS COTOVELOS


                DE ÁGUAS E DE FLORES
                                            Newton Baiandeira

Permanente é o som das águas em minha 
mente a repetir refrões aos meus ouvidos. 
Sou eu e só em cantares encharcados.

Lavo-me à chuva de sons das águas que 
sobem, descem, vêm e vão. 

Tal qual é o perfume das flores que se dão 
ao meu olfato e, próximo ato, se fecham em 
minha memória.

Sou só cheirar fragrâncias do tempo, raros 
olores de vida em canteiros, alma toda em 
jardins. 
Enfim, quis-me ser como a flor que pacifica 
Como o rio que passa e fica ao sempre cantar.

Dou-me às águas, seu líquido cantar a penetrar-me
ouvidos, lavar-me alma.

           ECO ILÓGICO
                          Newton Baiandeira

O plainar da garça
O encanto da praça
Deram-se ao domingo.

O encanto da praça
O plainar da garça
Qual desgraça
Dera-se tudo ao incêndio.

Algum idiota lançara fogo à mata.

Inda assim, foi o domingo da garça
ao plainar da praça.

E nem fora garça, era um tuiuiú!

 POETIVAS
Newton Baiandeira

Eis-nos aves na abóboda
poética ao dispor dos sonhos.
Eternos até o fim.
E esse amor que nos move à
leveza dos solavancos!

                CONTEMPLAÇÃO
                                          Newton Baiandeira

À quaresma, me guardo, contrito-me.
Não à penitências, mas em louvores e
agradeceres pela magnificência da vida.

Quatro dias de folia, alma inteira de festa
Invisto, então, novecentos e sessenta horas
num feliz e silencioso processo de busca à
compreensão da imensa generosidade divina.

VERBO AOS COTOVELOS
                       Newton Baiandeira

Minha mãe me disse pra andar
na linha e sonhar.
Pois bem! Passei a vida nos trilhos
à utopia de parar um trem.

Já me acostumei aos atropelos
Por ser verbo aos cotovelos
O que pago só eu sei

O trem me esmaga
Não calo o berro
Renasço à saga
Fênix de ferro

Entre trem e trilho
Renasço e brilho
Porque sou pedra
Porque sou ita
Porque minha alma bira.

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