OLÁ, AMIGOS!

Como retribuir ao universo a dádiva da vida, pensava. Agradecendo a Deus todos os dias. Dividindo com o mundo o que de melhor me ocorresse na alma, o que eu mais amasse em mim. E respondia à minha própria busca: Arte, a única coisa que diferencia os homens. Eis então minha oferenda ao mundo, minha contribuição para a humanidade: minha arte. Melodia como veículo de minha poesia e vice-versa, minha arte sou eu, levando a quem quiser ouvir minha forma de compor, escrever e cantar o universo e o acontecer das coisas que vivencio. O que canto ou escrevo é o que há de mais profundo em meu coração. Rogo por agradar a quem me ouvir ou ler. Benvindos e obrigado pela visita! Newton Baiandeira





quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NA ESTAÇÃO DAS ALMAS


CANÇÕES AO VENTO

Newton Baiandeira

Há que ser esmeradamente simples e, silenciosamente, gritar o

poema. Há que a canção encantar, indiferentemente de arranjos.

Diz-me o vento agudo sopro! Sigo atento à sonora ventania!


PALAVRAS DA ALMA

Newton Baiandeira

Não direi dos amores que tive senão o que a alma

emprestar-me à boca. Pois que foi de alma que amei

e de alma me acolheram.

Qualquer tremor dos lábios será de paixões intensas,

saudades imensas, pulsações agradecidas.

Amar a dor, assim como o amor que me foi tanto, e farto.

FIM DAS HORAS

Newton Baiandeira

O relógio na parede marcou as horas que eu vivi.

As que vivo, não sei. Ando tão ocupado em viver

a felicidade que me é farta, que não me sobra olhar

ponteiros que se cruzam no tempo, concatenando

lembranças de fins, induzindo a encerramentos.

Minha alma diz que o espetáculo não pode parar.

Eu ouço e sigo.

As horas passam.

Ora, que passem!

INDIFERENÇA

Newton Baiandeira

Não esperes por mim nem de mim, por que

não tornarei e nada terei a dar.

Não cantes por mim nem pra mim, pois não

serei eu nem terei ouvidos.

Não sintas de mim saudades, já que nunca me

perdestes, posto que nunca me tivestes.

SEMPRE ÁS CHAMAS

Newton Baiandeira

Somos poetas.

Então, expostos a tudo e todos, queremos a luz.

Há que ser à cruz? Que o seja!

Eis que se ilumine o mundo a lume de palavras.

ESTAÇÃO DAS ALMAS

Newton Baiandeira

Uns a toda calma, outros, vivas, palmas

Ao partir do trem da estação das almas

Nos trilhos da mente vão-se metalóides,
surdamente, a convenções de Freud.
Almas rendidas, quimeras vendidas,
vão-se os dedos, anéis que os valham.

Não Vale quanto pesa nem pesa quanto Vale o vale.

Imagem: Trilhos de Ferro. Arte confeccionada em pedras de minério de ferro, de Newton Baiandeira.

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