OLÁ, AMIGOS!

Como retribuir ao universo a dádiva da vida, pensava. Agradecendo a Deus todos os dias. Dividindo com o mundo o que de melhor me ocorresse na alma, o que eu mais amasse em mim. E respondia à minha própria busca: Arte, a única coisa que diferencia os homens. Eis então minha oferenda ao mundo, minha contribuição para a humanidade: minha arte. Melodia como veículo de minha poesia e vice-versa, minha arte sou eu, levando a quem quiser ouvir minha forma de compor, escrever e cantar o universo e o acontecer das coisas que vivencio. O que canto ou escrevo é o que há de mais profundo em meu coração. Rogo por agradar a quem me ouvir ou ler. Benvindos e obrigado pela visita! Newton Baiandeira





sábado, 15 de outubro de 2011

ATÉ QUANDO SE FECHAR A VISTA E ENQUANTO SONHO HOUVER




PASSAGEM DAS ANCAS
Newton Baiandeira

Ondas do mar em que ora me banho
E dessas montanhas que vejo feliz
Durante o tempo ao seu sempre passar
Algo me diz que não são belas e fundas
Quanto às ondas que bailam em seus quadris

Em que passa, qual fosse um samba
De alma bamba sei aos pares
De pobres mares, vãs montanhas

Mal sei se vai ou se volta
Só sei que assanha seu transcorrer
Meus olhos, sóis, mares, montanhas
E até e todo o tempo para por te ver.

E essa minh’alma sem trancas
À passagem das ancas
Voa... voares ensandecidos!

Laços, nós por desatar, e esse olhar perdido em ondas! NB

OLHAR INTERIOR
Newton Baiandeira

Diz que sou ausente.
É que olha o mundo
e não estou nele.

Se olhasse pra si mesma
me veria então, a esmo,
dentro do seu coração,
vasculhando sua alma.

Em tempo
Ausência não é fim
A giro mais profundo
Dispa-se do mundo
Vista-se de mim.

Nunca saí daqui!

VALE QUANTO PESA
Newton Baiandeira

Nas ruas tortas do império
Respiro o ar de minério em pó
Pulmões de aço, sou eu de ferro

Um imã aqui me prendeu
Num estado de alucinações
Em que me guardo e canto

Máquinas, vagões são meu olhar
Conto mil distâncias todo dia
Mas minha alma guia pra ficar

Abanando mão pro maquinista
Sou eu, então eternizado
Até quando se fechar a vista
E enquanto sonho houver

Ita, pedra, já não medra a bira
Nem se arreda o meu olhar
Não me vale quanto pesa
Nem me pesa tanto amar.

AS PEDRAS E CAOLHICES
Newton Baiandeira

Tiraram as pedras das ruas e meus pés perderam a direção.
Outros caminhos, maiúsculos e sem pedras em seu meio, os
conduzirão ao ouro fácil, imaginam eles.

Entre as pedras e meus pés, algo suspenso, sigo em linha reta.
Abengalado, abnegado, não vou nem volto, fico.

Apenas caminho sobre o moderno projeto, catando ausências,
contando maus-olhados de homens que, cegos, não olham onde
pisam, vesgos, não pisam onde olham.

ITABIRA
Newton Baiandeira

Itabira é o verso que não tem rima. A magia que surpreende o
mago. O primeiro trago no cigarro, após o café da manhã.
Itabira é a oração que o padre não aprendeu, a poesia que o poeta
perdeu, a canção que não encontrou intérprete.
Itabira é tocar o horizonte com os olhos, abraçar o infinito com
desejos e nunca tê-los escravos.
Itabira, meus senhores, é daqueles grandes amores que por não
sabermos amar, fechamos no peito e chamamos de saudade.


Durante a passagem do 163º aniversário de Itabira, amigos daqui e das mais distantes e Gerais Minas. Amigos de tantos e generosos Brasis. Amigos estrangeiros, de longe vista e pulsares perto, e que a tão cumplicidade amaram minha Itabira como se a seu próprio berço natal. Em nome de minha ITA, agradeço carinhosamente. Amo vocês de todo meu coração!

Canto meu povo, minha gente, minha Ita!NB

Imagem Google

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