OLÁ, AMIGOS!

Como retribuir ao universo a dádiva da vida, pensava. Agradecendo a Deus todos os dias. Dividindo com o mundo o que de melhor me ocorresse na alma, o que eu mais amasse em mim. E respondia à minha própria busca: Arte, a única coisa que diferencia os homens. Eis então minha oferenda ao mundo, minha contribuição para a humanidade: minha arte. Melodia como veículo de minha poesia e vice-versa, minha arte sou eu, levando a quem quiser ouvir minha forma de compor, escrever e cantar o universo e o acontecer das coisas que vivencio. O que canto ou escrevo é o que há de mais profundo em meu coração. Rogo por agradar a quem me ouvir ou ler. Benvindos e obrigado pela visita! Newton Baiandeira





segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O EQUILÍBRIO À LUZ DO GIRO



BAILARINA
Newton Baiandeira

Há que a bailarina girar até que a alma se desprenda.

Tão equilíbrio, e o olhar despedaçado do fiel espectador.
Permanente observação de cada movimento ao traço.
Completa entrega do relógio ao tempo.
Não cabe ao olhar a dança, só o passo.

E, à providencial inquietude, a recém descoberta: não
são os seus olhos que rodam, é sua alma que conta
frangalhos.
É o amor que lhe diz que: vida é movimento, dance!
A cada giro, a certeza de um mundo infinito, deu-se
Asas e voou, ares de baryshnikov.

E a bailarina vê no olhar que a mira seu próprio olhar
a ver-se.

(E O GIRAR, FEITO A TERRA, EM TORNO DO PRÓPRIO EIXO. NB)


POR VIAS E VEIAS
Newton Baiandeira

Nas minhas veias te vejo a correr em fuga.
Vez e meia sinto na alma essa ruga.

Nas vias te caço a tão cansaço e falta de prumo.
Nas teias te traço, curvas e retas de emaranhado
rumo, rotas que levam a solidões e ausências.

Ah, dor que dói grande!
Em que te expandes, eis-me e então, lava de um
vulcão que se fingia extinto.

Ah, paixão que me dilacera!
Também, pudera, esse coração torto há pouco se
fingia de morto. Há que, agora e só, rogar pragas
no amor.

Ah, sangria desatada! Ai, quão aguda dor!
Fosse um condor e correria aos céus.
Mas, nem cabe a céus curar vigarices!

Você passa e nem dá olhos, e nem liga
Corre, ocorre, escorre em minha veia.
E ainda, mal educada, me diz vazios de boca cheia?

(EM QUE PASSO O OLHAR NEM HÁ MAIS PRA VER. NB)


VIAGEM
Newton Baiandeira

Agora eu sigo as ruas do azul
Arrebatado, pleno de magia
Mergulho na utopia, em busca
de tudo que eu possa somar ao
concreto que me circunda.

(ÀS VEZES, SALTA-NOS DO CORPO A ALMA, E TUDO ACONTECE. NB)

DE ALMA LAVADA
Newton Baiandeira

A chuva cai, lavadoira! Plim, plim, plim!
Dentro de mim entra e sai pelos olhos.

O que tomas por lágrimas de minha alma
São gotejares de um tempo de fertilidades
ao brotar de flores na terra.

Canteiros verdes, humanos
Semeares de alma florida

(CHOVE EM MIM, REGA CANÇÕES QUE SEMEIO AO MUNDO, ÀS
ALMAS FÉRTEIS. NB)

SONS DO SILÊNCIO
Newton Baiandeira

Não te quero à exata freqüência de minha voz.
Só te quero ouvir como se a sós gritasse seus medos e desejos.

Então, e só aí, beijar-te-ia, a calar qualquer som que não fosse à voz da alma.

(QUE CALE, ENTÃO E FUNDO, O AMOR EM NÓS. NB)

EXAUSTÃO
Newton Baiandeira

O homem do passado levou a terra à exaustão.
No limiar da grande catástrofe, o homem do
presente busca na preservação da natureza, meios
de transformar o que ainda resta num ambiente
digno de acolher as novas gerações.

(MEIO-AMBIENTE: O ÚNICO MEIO DE SALVAR A GENTE! NB)

Imagem Google

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